O Banco do Brasil estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte cresça 6,1% em 2024, o maior índice em duas décadas, superando as médias nacional (3,1%) e regional (3,8%). A indústria será o principal motor desse crescimento, com alta projetada de 16,1%, impulsionada pela recuperação da construção civil e pela geração de energia eólica. O setor, que representava 18,7% do PIB em meados de 2010, deve alcançar 24% em 2024, segundo o Idema/RN.
O crescimento reflete o impacto positivo de programas estaduais que favorecem investimentos produtivos e geração de empregos, como destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato. O desempenho está distribuído em polos regionais como Pau dos Ferros, Assu e Caicó, além da retomada do setor mineral e da continuidade do protagonismo em energias renováveis.
De acordo com o economista Ricardo Valério, o crescimento será impulsionado pelas exportações de derivados de petróleo, frutas e açúcar, além do avanço na exploração de petróleo na Faixa Equatorial, com potencial para criar 54 mil empregos. O Banco do Nordeste identificou outros setores promissores, como fruticultura, bovinocultura leiteira e turismo.
O RN já apresenta sinais de forte aquecimento econômico em 2024. As exportações cresceram 42,6%, alcançando US$ 1,1 bilhão, e o comércio exterior atingiu US$ 1,7 bilhão. No varejo, o crescimento acumulado é de 7,1%, acima da média nacional (2,1%). Dados do Caged também apontam 2024 como o melhor ano para criação de empregos desde 2020, com 36.859 postos abertos de janeiro a novembro.
A trajetória atual contrasta com o período de 2015 a 2019, marcado por baixo desempenho econômico. Após a retração de 5% em 2020 devido à pandemia, a economia potiguar tem apresentado recuperação consistente. A projeção inicial de 4,4% de crescimento para 2024 foi revisada, refletindo o fortalecimento dos indicadores econômicos.