A empresa de capital espanhol Bollo Natural Fruit (Ex-Bollo Brasil) radicada no Pólo Agrícola Jaguaribe – Açu há quase duas décadas e especializada em produzir melão Piele de Sapo (conhecido na europa como Melão Verde) para ser exportado para a Espanha passou a testar uma nova logística de exportação do melão para o continente europeu.
Nessa nova logística a empresa deixa o fruto no campo por mais tempo para que aumente o teor de açúcar e faz a opção por transporte aéreo, em substituição ao tradicional transporte marítimo refrigerado que é usado pelas empresas há quatro décadas.
O melão Piele de Sapo é um das cultivares mais tradicionais produzidas no Pólo Agrícola Jaguaribe – Açu nas duas últimas décadas e passou a ser muito valorizado no continente europeu, principalmente na Espanha.
Ele é produzido pela maioria das empresas exportadoras do Polo e apresenta vida útil pós-colheita quando refrigerado (11 graus) de cerca de 40 dias, o que facilita a exportação por via marítima.
A aceitação do melão Piele de Sapo na Europa é crescente e o envio por frete aéreo pode contribuir ainda mais para a sua aceitação em função de que o consumidor passa a adquirir um fruto mais saboroso e com textura mais agradável.
Um aspecto preocupante é o custo do frete áereo que em algumas situações pode representar entre 6 a 8 vezes o valor do frete marítimo, podendo assim impactar no preço final do melão no varejo.
Umas das formas de baratear o custo do frete aéreo da fruta é o aproveitamento do espaço vazio nos voos domésticos e, assim, a frequência de voos para a Europa a partir das capitais mais próximas do Pólo Agrícola Jaguaribe – Açu como Natal e Fortaleza facilita a exportação nesse modal.
A recente notícia de investimentos do Governo do RN no Aeroporto de São Gonçalo no sentido de incrementar os voos internacionais pode representar uma forma de facilitar o embarque de frutas, como o mamão formosa e o melão Piele de Sapo da Bollo Natural Fruit e de outras empresas que passem a adotar essa nova logística.