O maior gargalo atualmente enfrentado pelo Hospital Walfredo Gurgel está nos atendimentos de baixa e média complexidade, sendo os acidentes o principal fator gerador de pacientes. O atual governo ampliou o número de atendimentos mensais nessa modalidade, passando de 400 para 800, com a ortopedia como a maior demanda.
É importante destacar que, embora seja um hospital estadual, o Walfredo Gurgel recebe diariamente demandas oriundas dos municípios. Muitos gestores municipais negligenciam os investimentos na atenção básica e de média complexidade, optando pela chamada "ambulâncioterapia". Essa estratégia é mais vantajosa politicamente, pois permite exibir à população a aquisição de três ou quatro veículos novos, além de empregar motoristas e técnicos de enfermagem, para posteriormente encaminhar os pacientes a Natal.
Diante dessa situação, a governadora Fátima reuniu-se com os secretários de saúde da região metropolitana e ainda representantes do ministério público, para propor a criação de um consórcio de saúde intermunicipal. Nesse modelo, o Governo do Estado assumiria 40% dos custos, enquanto os municípios arcariam com o restante de forma proporcional. A divisão dos custos funcionaria da seguinte maneira:
O custo mensal estimado para o pleno funcionamento do serviço é de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais). O Governo do Estado contribuiria com 40% desse valor, enquanto os municípios assumiriam as seguintes parcelas:
Parnamirim: R$ 199.000,00
São Gonçalo do Amarante: R$ 78.300,00
Macaíba: R$ 76.500,00
Ceará-Mirim: R$ 69.400,00
São José de Mipibu: R$ 69.200,00
Extremoz: R$ 45.500,00
Com esse modelo, a região metropolitana de Natal poderia ser devidamente atendida, e as demandas seriam encaminhadas a um hospital parceiro, preferencialmente o novo hospital de São Gonçalo do Amarante.
É inadmissível que as prefeituras se recusem a aderir ao consórcio, uma vez que os valores a serem pagos por elas são relativamente baixos e viáveis.