Ex-presidente disse que foi ele quem liberou os reféns em Gaza
Integrantes do Palácio do Planalto não pretendem responder diretamente às tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) de politizar a repatriação dos brasileiros e seus familiares palestinos que estão na Faixa de Gaza. Fontes do governo avaliam que o silêncio evita dar qualquer tipo de protagonismo à extrema-direita.
Nesta sexta-feira (10), desde a manhã, uma hashtag que aludia Bolsonaro como o responsável por ajudar os brasileiros a entrarem na lista da passagem de Rafah está entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter).
Para integrantes do governo, o ex-presidente tenta sair do "ostracismo" político, aproveitando-se da situação dos civis em Gaza. Além disso, avaliam que as respostas para o ex-presidente já são feitas por parlamentares do PT e pela militância.
O ex-presidente afirmou à CNN que pediu a um assessor de Benjamin Netanyahu apoio para a saída de brasileiros da área de conflito. Procurada, a embaixada de Israel em Brasília não se manifestou sobre esse eventual contato entre o ex-presidente e o assessor de Netanyahu.
A estratégia de "silêncio oficial" é a mesma adotada em relação ao encontro do ex-presidente com o embaixador de Israel, Daniel Zonshine.
O governo avalia que qualquer movimentação neste momento pode deixar a situação "crítica". A prioridade é a saída dos 34 civis e, após, a chegada dos repatriados.
Fonte: CnnBrasil